Júri definirá processo da morte de Vilmar Quirino
Na sexta-feira (9), Maria Barbosa Quirino e Susan Mara Barbosa Quirino, mãe e filha, vão a júri popular. Elas são acusadas pelo homicídio de Vilmar Cachoeira Quirino. Segundo o processo, na noite de 8 de outubro de 2007 Maria teria cometido o assassinato com uma marreta. Na época, o crime ficou conhecido como "Caso Susan", porque a filha do casal mentiu dizendo ser a autora do assassinato. Susan assumiu que mentiu com a intenção de livrar a mãe da cadeia, pensando no irmão pequeno que depende de cuidados especiais.
As investigações ficaram sob a responsabilidade do delegado Alonso Torres, que na época foi alvo de acusações por ter deixado Susan em liberdade até que se concluísse os trabalhos. Mas, desde o início o delegado desconfiava de que a autora do crime não era Susan.
"Por tudo o que eu havia visto e analisado no local do crime, e pelo depoimento de ambas, a filha se apresentava extremamente calma como autora do crime e a mãe, como não autora, extremamente nervosa. Não é possível que uma filha que mate o pai, por pior que ele seja, se apresente com aquela tranqüilidade em um interrogatório de homicídio", destaca Alonso.
Em entrevista à Rádio Cidade na manhã de hoje (6), o advogado de defesa, Hermes Söethe, que desde o início está trabalhando no caso, afirma estar cada dia mais convencido de que o que está sendo colocado no processo não é verdade.
"A verdade é que dona Maria foi coagida, como havia sido coagida por muitos e muitos dias. Naquele dia, ele (Vilmar) veio armado para casa e colocou a família para fora de casa, e a dona Maria em uma atitude de desespero, de proteger sua família, se defendeu".
A defesa vai trabalhar em cima da tese de que a acusada agiu por legítima defesa. Söethe não quis adiantar quantas são e quem serão as testemunhas.



